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A lista da EW ficou, nesta ordem, assim:
  1. The Good Wife
  2. Breaking Bad
  3. LOST
  4. Friday Night Lights
  5. Fringe
  6. Modern Family
  7. Glee
  8. Southland
  9. Damages
  10. Caprica
O fato é que, esta que vos escreve, não está em condições de criticar todas as escolhas da revista, porque algumas nem cheguei a ver, e outras eu assisto e sou fã; mas isso não impede de olhar um pouco mais criticamente o porquê de tais séries terem sido escolhidas e tentar pensar quais não poderiam ter ficado de fora, como um exercício crítico do que nos é apresentado hoje na televisão.
Séries como Breaking Bad e Damages, que tem elencos de peso e com nomes renomados, a meu ver, aparecem na lista como um refresco e como uma tendência, ainda que moderada, de atores consagrados como Gleen Close (Damages) e também o não citado aqui Tim Roth (Lie To Me) voltarem para televisão.
Já a presença de séries como Fringe e Caprica mostram o esforço da revista de, teoricamente, prezar por produções com baixos índices de audiência e suposta qualidade. E eu digo suposta não porque não acredite na qualidade das séries, mas não sei se o próprio “mercado do entretenimento” acredite mesmo na qualidade que elas possuem; e com o desgaste de filões como os CSI´s e dramas policiais mais “simples” a tendência é investir em produções mais “cabeças”.
LOST em terceiro lugar foi a decisão conciliatória da lista, já que a série tem tantos fãs e não colocá-la, ou até mesmo tirá-la do pódio, poderia causar um mal-estar. Acredito que colocar a série, que está em seu ano final, na lista foi uma decisão estratégica, mas isso não quer dizer que não tenha sido merecida.
O meu questionamento na verdade fica com a colocação de Glee e The Good Wife e, guardem suas pedras, eu tenho um argumento: não acho mesmo que a estreante The Good Wife seja melhor que séries como In Treatment, Grey´s Anatomy, Dexter, Nurse Jackie ou a até mesmo citada na lista, Damages, e só consigo entender essa posição no pódio como uma medida de segurança, de conformismo, e eu explico o porquê.
Apesar de avanços na televisão americana, a qual consumimos vorazmente, em séries memoráveis como Six Feet Under e Breaking Bad, por exemplo, o sucesso de séries padronizadas como as de policiais, os dramas familiares e afins mostram a inevitabilidade do conservadorismo na televisão, e conseqüentemente, de quem assiste? É essa pergunta que fica no ar quando vemos séries como The Good Wife, Glee e Southland na lista, que por mais que tenham seu valor, bom elenco, produção esmerada, isso não quer dizer que elas avancem, que “caminham pra frente”, ou melhor, a pergunta é, queremos esse avanço, ou isso não vende? Não entretém?
Sem dúvidas que listas são meras reduções, simplificações, e como disse no começo do texto, não questiono se tal série deveria ter entrado ou não, apesar de ter minhas próprias idéias de quais deveriam entrar. O que questiono, e trago a debate com você leitor é: o que essa lista mostra, o que ela evidencia? Será que é essa TV que queremos no ar agora? Que tipo de telespectador é você? Isso sim é que a lista traz de relevante.